Um adicto em minha vida
Quando a adicção surgiu na minha vida; eu quis não acreditar que aquilo estava acontecendo comigo, dentro de minha casa. Mas, meu Deus me encaminhou pro caminho "certeiro". Encontrei o grupo Nar-Anon e nele estou percebendo uma "nova" maneira de viver, ao mesmo tempo que meu companheiro também busca sua recuperação. Ambos, caminhando em busca de uma "reforma íntima" total.
domingo, 3 de abril de 2022
É sobre saúde fisica, mental e espiritual
Hoje acordei com vontade de viver; A propósito, nunca me bateu a vontade de partir.
"Trate as pessoas como se elas fossem o que devem ser e você vai ajudá-los a se tornarem o que elas são capazes de ser".
Vim para o grupo de auto-ajuda porque alguém QUE EU amava estava fora de controle minha vida também havia ficado fora de Controle, mas isso eu não era capaz de admitir. Partilhei a minha história nas reuniões, pois achava que se a repetisse suficientemente, encontraria uma maneira de consertar tudo. O lado insano dessa doença é que, ao racionalizar continuamente, me esquecia das coisas e situações inacreditáveis que aconteceram. Eu me adaptava a qualquer situação na qual me envolvesse, eu era a louca, porque nada parecia incomodar mais ninguém. Eu sentia como se adicção tivesse arrancado meu coração. ENTENDI ENTÃO que posso partilhar coisas que não consigo nem mesmo admitir para mim mesmo. Estou descobrindo que a única forma de mudar a minha maneira de pensar é dizer o que penso em voz alta. Preciso aprender a separar o adicto da adicção.
sexta-feira, 1 de abril de 2022
Páscoa - símbolo do renascimento
A Osterbaum é uma árvore montada de forma artesanal na comemoração da Páscoa. É utilizada na tradição alemã representada por uma árvore com galhos secos e ovos coloridos. Os galhos representam a frieza da morte e os ovos coloridos, a alegria da vida, a possibilidade de renascimento do espírito desencarnado.
Para quem não sabe, parte de minha origem é alemã e como forma de refazimento do meu espírito decidi cultuar essa tradição a partir deste ano (2022); Porque? Porque minha vida merece esse investimento.
terça-feira, 28 de dezembro de 2021
domingo, 16 de outubro de 2011
" Padronizar sua vida de acordo com a opinião de outra pessoa não é nada mais do que escravidão." Lawana Blackwell
É impressionante como o Meu Poder Superior me sinaliza e me ajuda nesta caminhada da vida. Acordei na manhã de hoje(domingo) precisando ouvir palavras de conforto, precisando de um alento pro meu coração e como de costume nos meus domingos, fui à missa certificar-me o que Deus tinha prá mim neste dia maravilhoso. Sempre leio o folheto antes da missa, para entender melhor de que estaremos falando naquele "sermão";desta vez, não foi na folheto que encontrei o conforto esperado; foi das palavras do ministro. E parecia que ele falava olhando prá mim, mesmo que virado pro outro lado da "platéia". Ele disse: - Quando a gente sabe as verdadeiras razões pelos quais uma pessoa nos prejudicou, fica mais fácil de entender e perdoar!
Nossa, aquelas palavras não saem mais da minha mente, porque parece que o "chapéu" me serviu justo.
Comecei a me lembrar de uma companheira de grupo Naranon* que quando soube da "agressão" que sofri me disse de imediato: - Tá, mas tu entende que aquele que te agrediu não era teu esposo e que ele estava, no momento obcecado pela droga? Na mesma hora, respondi: - Sim, mas nenhuma ação justifica uma agressão. Isso se chama insanidade.
Se tem um sentimento que eu abomino mais do que tudo é a auto-piedade. Não me sinto culpada por nenhuma ação ou reação do meu adicto, mas também, rejeito essa auto-piedade à que ele se propõe, mediante sua vida. Luta prá realizar seus sonhos sozinho, não aceita ajuda (só financeira), mas quando precisa das pessoas( e todos nós precisamos uns dos outros) rejeita, não aceita que está vascilando, agride e se sujeita à auto-piedade.
A doença da adicção é tão devastadora que "usa" os co-dependentes enquanto neles ainda existe a ignorância de seu poder destruidor. Como diz um companheiro de grupo: - Essa doença torna nossos adictos tão "hipócritas" que eles são capazes de jurar a um Juiz de Direito que não usaram a " dita cuja" e que loucos somo nós!
Mas, e prá DEUS, PRO PAI OXALÁ, PRO MESTRE JESUS, prá seja lá quem for o seu Poder Superior? Será possivel mentir assim? Será que quando deitamos nossa cabeça no travesseiro, dormimos com a consciência tranquila de quem não fez nada contrário a lei moral da vida? Não creio.
Antes de saber sobre a adicção de meu esposo, eu cometia insanidades tais quais às que ele me defrontava, porque eu não sabia, e por consequência não entendia porque aquilo tudo acontecia daquela forma.
A partir do momento em que ele "precisou" me contar sobre seu dilema e me pediu ajuda para modificar as atitudes e a vida, tudo mudou na MINHA VIDA, porque entendi e perdoei. Porém, não fiquei parada no tempo, iniciei minha recuperação no MEU GRUPO DE AUTO-AJUDA.
Então, hoje, após outra recaída, entendo e até perdôo o que aconteceu, mas não posso mais fazer o que fazia na ignorância do "saber".
Deixo a ignorância para aqueles que querem continuar na mesma vida, muitas vezes medíocre, cheia de conflitos familiares mal-resolvidos, cheios de ressentimentos, cheios de auto-piedade.
Só por hoje, continuarei frequentando o grupo de auto-ajuda Nar-anon* porque agora entendo os porques e posso perdoá-los se assim meu espirito desejar. PAZ e BEM a todos os leitores
Nossa, aquelas palavras não saem mais da minha mente, porque parece que o "chapéu" me serviu justo.
Comecei a me lembrar de uma companheira de grupo Naranon* que quando soube da "agressão" que sofri me disse de imediato: - Tá, mas tu entende que aquele que te agrediu não era teu esposo e que ele estava, no momento obcecado pela droga? Na mesma hora, respondi: - Sim, mas nenhuma ação justifica uma agressão. Isso se chama insanidade.
Se tem um sentimento que eu abomino mais do que tudo é a auto-piedade. Não me sinto culpada por nenhuma ação ou reação do meu adicto, mas também, rejeito essa auto-piedade à que ele se propõe, mediante sua vida. Luta prá realizar seus sonhos sozinho, não aceita ajuda (só financeira), mas quando precisa das pessoas( e todos nós precisamos uns dos outros) rejeita, não aceita que está vascilando, agride e se sujeita à auto-piedade.
A doença da adicção é tão devastadora que "usa" os co-dependentes enquanto neles ainda existe a ignorância de seu poder destruidor. Como diz um companheiro de grupo: - Essa doença torna nossos adictos tão "hipócritas" que eles são capazes de jurar a um Juiz de Direito que não usaram a " dita cuja" e que loucos somo nós!
Mas, e prá DEUS, PRO PAI OXALÁ, PRO MESTRE JESUS, prá seja lá quem for o seu Poder Superior? Será possivel mentir assim? Será que quando deitamos nossa cabeça no travesseiro, dormimos com a consciência tranquila de quem não fez nada contrário a lei moral da vida? Não creio.
Antes de saber sobre a adicção de meu esposo, eu cometia insanidades tais quais às que ele me defrontava, porque eu não sabia, e por consequência não entendia porque aquilo tudo acontecia daquela forma.
A partir do momento em que ele "precisou" me contar sobre seu dilema e me pediu ajuda para modificar as atitudes e a vida, tudo mudou na MINHA VIDA, porque entendi e perdoei. Porém, não fiquei parada no tempo, iniciei minha recuperação no MEU GRUPO DE AUTO-AJUDA.
Então, hoje, após outra recaída, entendo e até perdôo o que aconteceu, mas não posso mais fazer o que fazia na ignorância do "saber".
Deixo a ignorância para aqueles que querem continuar na mesma vida, muitas vezes medíocre, cheia de conflitos familiares mal-resolvidos, cheios de ressentimentos, cheios de auto-piedade.
Só por hoje, continuarei frequentando o grupo de auto-ajuda Nar-anon* porque agora entendo os porques e posso perdoá-los se assim meu espirito desejar. PAZ e BEM a todos os leitores
quarta-feira, 12 de outubro de 2011
RECAÍDA
Se eu não estivesse frequentando um grupo de auto-ajuda, estava eu aqui pensando, provavelmente meus pensamentos seriam outros. Talvez, neste momento, estaria obcecada pela obsessão do meu adicto, talvez passasse pela minha mente aqueles pensamentos de: Que mais posso eu fazer!
Um companheiro do grupo me sinalizou que às vezes não é conveniente contar os dias de abstinência. Mas eu preciso disso ainda. Preciso porque devo ainda voltar atrás e ver de que forma 600 dias de serenidade mudaram a minha vida. Foram 600 dias de uma felicidade nunca vivida até então. Parecia que tudo acabaria bem. De qualquer forma, continuava frequentando o grupo na busca do equilíbrio e suporte para uma possível mudança de planos(não minha, obviamente);porque eu estava certa de que tudo estava indo bem. Mas, o bicho é gigante, e veio pra cima de mim com garras expostas afiadas; Com sinceridade, não estaria eu aqui, agora, escrevendo pra vocês, se não fizesse uso dos pensamentos que aprendi no *Nar-Anon. Talvez tudo seria diferente se meu adicto não encostasse a mão em mim, melhor,não espalmasse a mão no meu rosto. Poderia até me ofender com aqueles apelidos nada simpáticos, obras do uso desesperador de drogas, mas não deveria usar a agressão física como arma de defesa. Colocou fora a recuperação dele, abalou a minha recuperação e voltou pro final da fila( onde ele dizia que não queria mais estar). Não estou aqui, lamentando, porque já aconteceu, não adianta mais lamentar;Estou desabafando, porque preciso. Sou do tipo, falar me faz bem, então vou fazer o MEU bem.
Penso que, quando o adicto conhece um grupo de auto-ajuda, já sabe que existe uma solução prá sua obsessão, já conhece os passos prá não deixar a dita cuja tomar conta. Resiste, mas reconhece que tá ficando melhor agora. Então é hora de exercer o QUERER, querer muito mais do que as suas vontades, porque depois que a vontade passa, tudo serena de novo. E se fazemos a nossa vontade, na doença da adicção, pagamos o preço depois. Voltamos pro final da fila.
Aprendi, no meu grupo, que minha vida tem que mudar, se tinha atitudes antes que nunca me ajudaram a sanar minhas dificuldades, devo tentar mudá-las agora, fazer o movimento ao contrário(como dizem os companheiros). E nesta recaída é isto que estou buscando fazer da minha vida. Já percebi que mudei meus pensamentos, preciso me salvar do precipício, então faço agora por mim. A escolha da recaída não foi minha, não posso culpar-me e querer consertar o mundo e ao adicto, mas posso ME consertar.
Agressão física é a PIOR das insanidades de um adicto. è aquela que pode evoluir para crime hediondo, é aquela que pode ACABAR de vez com sua vida.
Fiz o que poderia ter feito, enquanto meus limites eu respeitei, agora tenho que cuidar da minha alma, do meu espírito. Ao meu adicto só me resta ORAR.
PAZ E BEM Á TODOS
PAZ E BEM Á TODOS
domingo, 25 de setembro de 2011
"O caminho mais curto para fazer muitas coisas é fazer uma de cada vez."Sydney Smiley
Hoje é domingo;um dia lindo de sol; estou em minha casa, na companhia de quem mais amo nesta vida, o sol radiante lá fora, no entanto estou triste, precisando partilhar. Abri minha "Biblia Nar-Anon" ao acaso e veio a resposta prá minha aflição. Pensar, sentir, agir... Uma coisa de cada vez... Como é dificil prá mim conviver com essa maneira de agir do meu adicto. Faz as coisas sem pensar bem antes. Vai fazendo, sem parar, sem pensar, sem sequer pedir opinião. Não pensa que tem outras pessoas envolvidas na sua decisão. Não pensa que tem pessoas dependendo da sua decisão. Entendo que ele procura acertar, mas ao mesmo tempo que tem essa vontade, erra por puro orgulho: O de não pedir ajuda. E eu no afã de querer ajudar começo a me desesperar e falar alto prá que ele me ouça. Mas não adianta,ele não vai me ouvir! Vai sempre fazer do jeito dele. E eu? Será que vou suportar por muito tempo? Meu esposo está tão preocupado com a recuperação dele e esquece que tô segurando uma barra dentro do meu coração! E no meio do "diálogo malfadado" eu ainda disse que ajudaria financeiramente se precisasse! Fui idiota e me precipitei, pois essa responsabilidade não é minha. Não fui eu quem assumiu os tais compromissos. Os meus compromissos eu venho assumindo com calma, mas às vezes, como hoje, eu não fiz uso da serenidade que deveria. Pensei logo no que eu sempre digo lá no grupo: - Deixa que viva e deixe viver, deixa que ele resolva suas próprias pendengas,deixa que se rale, contanto que assuma os seus compromissos! Eu digo, mas não pratico. Será isso mesmo??? Ás vezes tenho a impressão que já tô forte, que tudo vai melhorar e quando tô muito otimista, penso que tudo vai até mesmo mudar; mas tem coisas que definitivamente só vão mudar se eu tomar uma atitude. Esse orgulho e essa maneira de agir do meu esposo me incomoda. Porque, depois, quando as coisas dão erradas é no meu ouvido que ele vem, de novo, me atormentando, me pedindo ajuda e inclusive, ajuda financeira. Claro, prá ele é o caminho mais fácil né? A tendência dele sempre será produzir as próprias armadilhas. Prá que depois da perna quebrada alguém tenha que levá-lo ao hospital. Mas eu não posso fraquejar na minha recuperação. Se desta vez ele "quebrar a perna"(ou a cara) eu até chamo o táxi, mas não tiro o carro da garagem e muito menos boto a mão no bolso. Não posso repetir os erros do passado. DEVO APRENDER COM A CARGA QUE JÁ TENHO. Termino minha partilha pedindo ao Poder Superior que me enobreça com serenidade, paz, inteligência e coragem, porque muitas situações ainda virão pela frente. Só por hoje não cairei nas armadilhas da adicção.
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