Hoje é domingo;um dia lindo de sol; estou em minha casa, na companhia de quem mais amo nesta vida, o sol radiante lá fora, no entanto estou triste, precisando partilhar. Abri minha "Biblia Nar-Anon" ao acaso e veio a resposta prá minha aflição. Pensar, sentir, agir... Uma coisa de cada vez... Como é dificil prá mim conviver com essa maneira de agir do meu adicto. Faz as coisas sem pensar bem antes. Vai fazendo, sem parar, sem pensar, sem sequer pedir opinião. Não pensa que tem outras pessoas envolvidas na sua decisão. Não pensa que tem pessoas dependendo da sua decisão. Entendo que ele procura acertar, mas ao mesmo tempo que tem essa vontade, erra por puro orgulho: O de não pedir ajuda. E eu no afã de querer ajudar começo a me desesperar e falar alto prá que ele me ouça. Mas não adianta,ele não vai me ouvir! Vai sempre fazer do jeito dele. E eu? Será que vou suportar por muito tempo? Meu esposo está tão preocupado com a recuperação dele e esquece que tô segurando uma barra dentro do meu coração! E no meio do "diálogo malfadado" eu ainda disse que ajudaria financeiramente se precisasse! Fui idiota e me precipitei, pois essa responsabilidade não é minha. Não fui eu quem assumiu os tais compromissos. Os meus compromissos eu venho assumindo com calma, mas às vezes, como hoje, eu não fiz uso da serenidade que deveria. Pensei logo no que eu sempre digo lá no grupo: - Deixa que viva e deixe viver, deixa que ele resolva suas próprias pendengas,deixa que se rale, contanto que assuma os seus compromissos! Eu digo, mas não pratico. Será isso mesmo??? Ás vezes tenho a impressão que já tô forte, que tudo vai melhorar e quando tô muito otimista, penso que tudo vai até mesmo mudar; mas tem coisas que definitivamente só vão mudar se eu tomar uma atitude. Esse orgulho e essa maneira de agir do meu esposo me incomoda. Porque, depois, quando as coisas dão erradas é no meu ouvido que ele vem, de novo, me atormentando, me pedindo ajuda e inclusive, ajuda financeira. Claro, prá ele é o caminho mais fácil né? A tendência dele sempre será produzir as próprias armadilhas. Prá que depois da perna quebrada alguém tenha que levá-lo ao hospital. Mas eu não posso fraquejar na minha recuperação. Se desta vez ele "quebrar a perna"(ou a cara) eu até chamo o táxi, mas não tiro o carro da garagem e muito menos boto a mão no bolso. Não posso repetir os erros do passado. DEVO APRENDER COM A CARGA QUE JÁ TENHO. Termino minha partilha pedindo ao Poder Superior que me enobreça com serenidade, paz, inteligência e coragem, porque muitas situações ainda virão pela frente. Só por hoje não cairei nas armadilhas da adicção.
Continue falando amor, quando a gente fala o primeiro ouvido atingido é o nosso, as vezes nas recaidas de comportamento a gente tende a achar que não evloluiu, mas é conta gotas....
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