Na maior parte das vezes o amor entendido está limitado ao grupo biológico, dos afetos no intercâmbio sexual, em contratos assumidos por esta visão circunscrita ao plano terreno, atrofiando-se diante das circunstâncias da vida. Assim, cresce o receio de dar sem receber, de ser enganado, de ficar submetido ao segundo plano, de ser ingênuo...
O amor é uma atitude que se assume sem o interesse de demonstrar-lhe a presença. É fruto de uma perfeita sintonia entre o sentimento e a razão. O coração adocica-se e o mental ilumina-se quando se ama.
No que tange ao ponto sublime do amor em ação está, sem dúvidas, o formidável perdão.
É muitas vezes o velho hábito do ?desculpismo? que sugere que perdoar é coisa de gente fraca, medrosa, boba, dificultando e limitando a capacidade desta valorosa ação terapêutica para a alma.
Na cena do perdão está alguém difícil de ser amado e este entendimento ilumina primeiramente as fraquezas de quem pode perdoar.
Por que não consigo desarmá-lo? É a pergunta-chave do ator do perdão.
Alcançado pelo perfume de seus próprios registros transcendentes a lógica cósmica facilita-lhe o acesso às reflexões da cura.
O que preciso curar em mim?
Pensamos muitas vezes que ódio é o inverso do amor, quando na realidade o ódio é o amor que adoeceu. São relações cármicas conflitantes dados os desdobramentos infelizes do passado. O perdão suaviza esta lembrança recordando o foco no aprendizado e na reparação.
O perdão por ser amor é um fato derradeiro, porque o benefício do retorno está na própria ação, é a nossa razão de ser e estar, é essencialmente bom para que quem perdoa. Não obstante também faculta ao perdoado motivar-se na libertação deste elo dissonante da caridade, investindo em sua renovação e transformação espiritual.
Nos invólucros físicos as ondas do perdão agem no cérebro, invadem o sistema nervoso central, percorrem o sistema endócrino e saturam de energias saudáveis o imunológico. Esta sucessão energética produz correntes de vigor e de bem-estar que revitalizam órgãos enfermos, restaurando o equilíbrio vibratório que deve viger entre células como unidades de consciência, como partes integrantes de um movimento universal, cósmico.
Ao mesmo tempo em que organizam o sistema fisiológico estas energias transmutam o universo emocional e psíquico do ser humano propiciando-lhe saúde integral.
Perdoar é bom demais!
Aprecie sem moderação!
Comece por você mesmo praticando o autoperdão, reconhecendo suas inferioridades, encontrando meios e forças para reformular atitudes e semear no amor. O autoperdão amadurece o ser moralmente promovendo a visão de responsabilidade, diferente da autodestruição da culpa.
Lembre-se que o arrependimento, puro e simples, se não acompanhado da ação reparadora é inócuo e deprimente porque nada constrói a partir da lição.
O hábito da prece, da meditação, do silêncio interior, auxilia sobremaneira na criação da psicosfera que nutre o grande reformador a partir do amor, lhe proporcionando forças para superar a si mesmo, aprendendo a perdoar.
Sem ilusões, no jardim de seu coração, o verbo perdoar resplandecerá em sua alma como impulso irresistível de ação, decodificando sua felicidade ao revelar a consoladora razão de que o perdão é sempre para quem perdoa.
Dê mais esta chance ao grande amor de sua vida VOCÊ!
Por Marcos Fontes
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